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A PRIMEIRA VACINA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Um marco na profilaxia foi iniciado por Edward Jenner, um médico nascido no Reino Unido, o qual foi julgado por muitos ao realizar experiências em crianças, até mesmo no seu próprio filho, mas que no final, foi reconhecido por ter feito algo que ninguém nunca fez antes.


Desde o início dos tempos, os seres humanos e animais vêm sendo infectados por agentes microscópicos, mais conhecidos como “micróbios’, podendo ser de classe bacteriana, viral, fúngica ou até parasitária. Tais organismos causam vários problemas de saúde, levando a um número de óbitos expressivos, mesmo nos dias atuais, sendo um calo no cotidiano de vários governos pelo mundo afora. Por este motivo, as vacinas até hoje são um importante meio de enfrentamento a essas doenças no combate às altas taxas de morbidade e mortalidade provocadas por elas. Mas você já se perguntou quando e como a primeira vacina surgiu?


Tudo começou com o famoso vírus da varíola. Há séculos, a varíola tinha se tornado uma epidemia assombrosa, a qual matava milhões de pessoas por ano. Até que, em 1789, essa história começa a ter uma reviravolta. Neste ano, o médico britânico Edward Jenner (figura 01) percebeu que as vacas possuíam lesões na pele semelhantes às lesões encontradas em humanos infectados por este vírus. Alguns anos mais tarde, em 1796, Jenner resolveu comprovar o ditado popular naquela época: “quem lida com gado não contrai varíola” e, observou que as mulheres responsáveis pela ordenha, as quais eram expostas à versão do vírus que estava se replicando nas vacas, apresentavam versões leves da doença.


Figura 01. Edward Jenner o desenvolvedor da primeira vacina. Fonte: Reprodução da interntet


Foi então que ele realizou seu primeiro experimento para comprovar sua observação. A primeira pessoa em que ele testou foi um garoto de oito anos, James Phipps. Jenner extraiu o líquido que saía das feridas das vacas e o aplicou nos arranhões que ele mesmo fez no braço de James. O garoto apresentou pouca febre e lesões suaves, recuperando-se rapidamente. Logo após a recuperação, Jenner aplicou em James a versão do vírus que estava em um paciente humano, e o garoto apresentou imunidade específica contra o vírus.


Edward Jenner concluiu que as pessoas expostas ao vírus da ‘versão bovina’ apresentavam reações leves e recuperação rápida, e que quando elas fossem entrar em contato com a ‘versão humana’ do vírus, já teriam adquirido imunidade de memória. Desta forma, foi criada a primeira vacina, termo este que proveio do latim e significa ‘vaca’, por ter sido proveniente deste animal, o inóculo que tem a capacidade de estimular a produção de anticorpos e de células de memória. Por conta desta produção, a vacina garante que, se houver uma nova exposição ao agente infectante, o sistema imunológico já estará preparado para responder de maneira rápida ao patógeno.


A vacina então, começou a ser utilizada, para prevenir a contaminação pela varíola, uma doença viral extremamente grave que causava febre alta, dores de cabeça, lesões na pele e até a morte. A varíola foi a primeira doença infecciosa que foi erradicada por meio da vacinação. Depois deste grande feito, Edward Jenner publicou um trabalho intitulado “Um inquérito sobre as causas e os efeitos da vacina da varíola” e, em pouco tempo, sua descoberta foi reconhecida e se espalhou pelo mundo. Em 1799, foi criado o primeiro instituto de vacinação em Londres; em 1800, a marinha britânica adotou a vacinação; e só em 1804, a vacina chegou no Brasil, trazida pelo marquês de Barbacena. Portanto, a vacina tornou-se a forma de prevenção mais eficaz contra doenças infecciosas, e permanece assim até hoje.

 

Escrito por Emily Tamare de O. Ferreira e Maria Vitória de Paiva Oliveira

Revisado e editado por Marconi Rego Barros Jr.


Fontes:


https://www.institutojenner.pt/o-instituto/quem-foi-edward-jenner/

https://novaescola.org.br/conteudo/1091/como-funcionam-as-vacinas-e-como-sao-produzidas

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