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OS TRATAMENTOS MAIS PROMISSORES CONTRA A COVID-19

Descubra aqui os possíveis fármacos candidatos para tratamento do Covid-19.


Nunca dispusemos de tantos tratamentos para as patologias que assolam a humanidade, mas apesar dessa nítida evolução da ciência, encontrar terapias para doenças virais continua sendo um grande desafio. E a prova está na escassez de medicamentos específicos para combater a maioria das viroses. Isso se deve porque o desenvolvimento de uma terapia própria para doenças virais é algo complexo, e alguns dos caminhos possíveis para esse feito incluem o bloqueio de proteínas que promovem a entrada do vírus na célula e a inibição da leitura do material genético viral.


Com a pandemia de Covid-19 que ameaça o planeta, é trazido à tona a nossa fragilidade frente as patologias virais. Assim como os outros vírus, não existe um medicamento específico capaz de tratar a infecção causada pelo novo coronavírus. Os tratamentos realizados variam de acordo com o quadro clínico de cada paciente. Em casos leves da doença, que representam a maior parte das infecções, o recomendado pelos médicos e autoridades da saúde é ficar em repouso, mantendo-se hidratado e com uma alimentação balanceada até o cessamento dos sintomas. Já em casos mais graves, quando o vírus atinge as vias respiratórias inferiores comprometendo principalmente a capacidade pulmonar, são utilizados respiradores mecânicos e administrados alguns medicamentos, como antibióticos para tratar os sintomas.


Diante desse cenário, pesquisadores por todo mundo estão mobilizados na busca por medicamentos capazes de efetivamente tratar a Covid-19. Como o desenvolvimento de um novo fármaco pode levar anos, a situação emergencial que vivemos trata-se de uma corrida contra o tempo para salvar vidas. Como recurso, está sendo utilizada uma técnica chamada de “reposicionamento de fármacos”, na qual é testada a eficácia de substâncias já existentes contra o SARS-Cov-2 (Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2).


Fonte: autores, 2020


Para testes clínicos – testes em pessoas –, até agora foram autorizadas algumas classes e combinações de medicamentos, como os antivirais lopinavir e ritonavir, usados contra o HIV. Associados a esses dois, utiliza-se também o interferon beta-1α usado no tratamento de esclerose múltipla.


Outros que ganharam popularidade foram a cloroquina e a hidroxicloroquina, principalmente após serem mencionados pelos chefes de estado dos Estados Unidos e do Brasil como “promissoras” na luta contra a Covid-19. Apesar desses princípios ativos terem sidos desenvolvidos para tratar doenças como malária e lúpus, após um controverso estudo francês que “comprovava” sua eficácia contra o novo coronavírus, a OMS (Organização Mundial da Saúde) incluiu os medicamentos na lista de testes.


Em estudos laboratoriais com a cloroquina em células humanas, também foram demonstrados indícios da sua ação contra o SARS-Cov-2. A pesquisa mostrou que além de inibir a replicação do vírus e impedir sua entrada na célula, a cloroquina também atua como um anti-inflamatório e por essas razões, o medicamento causaria uma redução na gravidade da doença. Entretanto, resultados parciais de um estudo realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) revelaram que a prescrição de altas doses dessa substância para pacientes graves de Covid-19 se mostrou tóxica, aumentando o risco de problemas cardiovasculares e morte. Desse modo, nada pode ser dado como certo, sendo assim necessários novos testes clínicos.


Outra esperança vem do antiviral remdesivir, desenvolvido para combater o ebola. Até o momento, é considerado pelos especialistas como o tratamento mais promissor para o novo coronavírus. Em ensaios pré-clínicos o fármaco foi eficiente no combate aos vírus causadores da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória por Coronavírus do Oriente Médio) que também pertencem à família coronavírus, e quando prescrito em humanos com Covid-19 nos Estados Unidos, foi notificada a “cura” de alguns pacientes.


Além dos medicamentos, outras alternativas terapêuticas estão sendo testadas para o tratamento contra a doença causada pelo novo coronavírus. O método batizado de “plasma convalescente”, já usado nas pandemias de SARS e H1N1, consiste na aplicação do plasma sanguíneo dos pacientes que já foram infectados pela Covid-19, os quais possuem anticorpos contra o SARS-Cov-2, em pacientes com a infecção. Segundo os infectologistas, os anticorpos não irão curar o paciente, mas pode ajudar o corpo a se defender, o que resultaria em menores chances de óbito e no encurtamento dos períodos de internação.


Fonte: autores, 2020


A OMS afirma que ainda nenhum tratamento se mostrou efetivamente seguro e eficaz contra a Covid-19. Por esse motivo, tanto para os atuais candidatos a tratamento que já estão sendo testados, como aos demais que podem entrar nessa lista, são necessárias checagens rigorosas até que finalmente cheguemos a um “eureca”. Tais testes clínicos requerem tempo e cautela para a comprovação da eficácia das terapias, pois ainda não temos conhecimento se maioria delas podem de fato surtir efeitos positivos ou não e, ainda pior, se podem provocar catastróficos efeitos colaterais. Portanto, apesar dos esforços globais empreendidos na busca por respostas, ainda não sabemos se teremos um “salvador” para essa pandemia, tampouco quem será o eleito.

 

Escrito por Ane Bezerra e Estéfany Ayrla Guedes

Revisado e editado por Marconi Rego Barros Jr.


Fontes:


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